terça-feira, 15 de abril de 2008

Impostos

Mais uma dica do blogueiro Reginaldo King.

Realmente, essa é uma das mais altas, se não a maior, carga tributária do mundo e que se ostenta com isso?
Reginaldo ® Rei


Portal da Classe Contábil ::Ano VI - n. 1970 - 15/04/2008 - ISSN
15/04/08 Impostos chegam a 40% do valor do carro

Já pensou em pagar por um Volkswagen Gol zero quilômetro
o valor de cerca de R$ 16 mil em vez dos R$ 26.530
cobrados nas concessionárias? Não se trata de promoção
de montadora, mas sim o que o carro custaria se chegasse
às lojas sem os impostos que se somam ao longo da cadeia
de produção do veículo.
Essa diferença de 38% nos carros de até mil cilindradas,
mas que chega a 40% para as outras motorizações,
representa a carga tributária nominal, que inclui as
cobranças sobre venda de ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços), IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), PIS (Programa de Integração Social )
e Cofins (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social).

Leia também: Ford defende Lei Rouanet para engenharia
"Essa carga é altíssima. Você não encontra nenhum lugar
do mundo onde se aplique carga tão alta. Os países
emergentes aplicam metade disso", afirma o presidente do
Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT),
Gilberto Luiz do Amaral.
Segundo Amaral, na Argentina a carga tributária
acumulada é de cerca de 24%. "Isso porque agora aumentou
um pouco, mas já foi de 20%", observa. Nos EUA, a
cobrança de impostos também chega a 24% do preço final,
na Europa é 30% e na Índia e China, cerca de 20%.
E quem paga por tanta cobrança é o consumidor, que arca
também com os impostos que se somam ao longo da
produção, como os tributos sobre insumos, folha de
pagamento, lucro etc. "Se for levar em conta a carga
tributária real, o valor é ainda mais alto. Se o veículo
custa 100 e a carga tributária 40, o custo do veículo é
60. A carga sobre o custo é de 67%", explica Amaral.
Segundo o conselheiro do Sindicato Nacional da Indústria
de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças)
para assuntos tributários e econômicos, George Rugitsky,
o impacto desse imposto ao longo da cadeia só vai pesar
no último elo, a venda. "Como as montadoras creditam
daquilo que eles pagam no nosso preço (autopeças) o que
importa é o que se paga na saída, sobre o veículo",
comenta.
Redução de impostos causaria nova euforia no mercado
De acordo com o conselheiro do Sindipeças, o setor
sempre tentou tratar com o governo uma redução dos
impostos que incidem sobre o veículo. "Isso vai fazer
com que o fenômeno do financiamento se amplie. O mercado
nacional entraria em um outro patamar", observa.
A preocupação do setor vai além do mercado interno.
Rugitsky explica que o mercado interno forte faz com que
as montadoras invistam na atualização dos veículos e
aumente a escala de produção, assim, torna o país
competitivo no mercado externo. "Nenhuma montadora
investe em países distantes de centros de consumo para
exportar", ressalta.
GM colocou motor 2.0 na linha Vectra por causa do IPI
Para ajudar a aumentar as vendas do Vectra, no início
deste ano o General Motors começou a comercializar a
versão Elite do modelo com motor 2.0. O que ajudou a
mudar a faixa de preço de R$ 82 mil, do modelo 2.4, para
R$ 76 mil da nova versão foi a diferença de cobrança de
IPI. O gerente de projetos futuros da GM, Ari Kempenich,
explica que a taxa de IPI sobre a motorização de 1.0 a
2.0 é de 11% . Acima disso, a cobrança vai para 18%.
Importados
Os veículos importados que são excluídas dos acordos
automotivos bilaterais com México e Argentina não
recebem vantagens ficais. Por esse motivo, as
importadoras são obrigadas a pagar uma alíquota de 35%
sobre o valor do produto. Ou seja, o carro carrega no
preço os impostos de onde foi fabricado mais o tributo
de importação (uma barreira alfandegária para proteger a
produção nacional) e as taxas sobre a venda.
O novo Maserati Gran Turismo, por exemplo, tem 150% de
impostos embutidos no preço. O veículo é comercializado
no Brasil por R$ 760 mil.
A entidade que representa o segmento, a Associação
Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos
Automotores (Abeiva), propôs ao governo no início de
2007 a redução gradativa da alíquota de importação e a
criação de um sistema de cotas que permita a entrada
limitada de veículos sem taxação. Até agora, o governo
não se mostrou interessado em alterar a atual barreira
alfandegária.

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